FLOWER POWER

FLOWER POWER

06/02/2022 11 Por Marcelo Pantoja

Escrito em 05/02/2022.

 

 

Flower Power, o Poder da Flor. Este era um dos lemas dos hippies, aquela turma que causou entre os anos 60 e 70 e que pregava, ora vejam, Paz e Amor.

 

Uma turma que acreditou que podia mudar o mundo, viver em comunidade, acabar com as guerras. Cultuavam o amor livre, e a flor era o seu símbolo.

 

O movimento surgiu nos Estados Unidos, mais especificamente em São Francisco, Califórnia. Ali, com a turma do Flower Power, uma flor no cabelo era acessório mais que bem-vindo:[1]

 

 

 

 

Como vocês sabem sou extremamente jovem, então não vivi essa época. Mas lembro de minha mãe mencionar a palavra hippie quando eu não queria tomar banho… Pois é, eles tinham essa fama. Se eram fedidinhos ou não, pouco importa, só sei que fizeram muita música boa.

 

Era de se esperar que adotassem a Flor como símbolo. Flores são cultivadas e apreciadas pelo homem desde  5.000 a.C. Elas são cheias de significados. Buda, por exemplo, dizia que a flor de lótus simbolizava o homem liberto das paixões, pois “É a mais bela dentre as flores, mas só nasce no lodo”.

 

Afinal, o que é uma flor, e para que ela serve?

 

Segundo os entendidos, elas são “ramos altamente modificados que apresentam como função garantir a reprodução do vegetal”. Com sua beleza, elas “fazem com que determinadas espécies de animais visitem-nas e garantem a polinização cruzada”. Atraindo esses animais, elas compensam a falta de mobilidade do vegetal” e obtêm a “polinização cruzada”, isto é, fazem com queo pólen de um indivíduo seja levado até a parte feminina de outro indivíduo de mesma espécie, promovendo maior variabilidade genética”.

 

Incrível, né? A flor está lá, imóvel, plantadinha, mas consegue dar um jeito de se encontrar com “o” flor a quilômetros de distância. É a comprovação científica daquele velho ditado: “Fogo morro acima, água morro abaixo, e a flor quando quer cruzar, ninguém segura”!

 

As flores também servem como mensageiras. Em 1818 uma francesa chamada Louise Cortambert, mais conhecida como Madame de la Tour, escreveu um livrinho chamado “A Linguagem das Flores” que ajudou muito os jovens a driblar os rigores da época, usando os buquês de flores como uma espécie de código. Um buquê de 100 rosas, por exemplo, “era um convite certeiro para um encontro furtivo ao luar”.[2]

 

Elas são símbolos, elas têm um monte de significados, elas transmitem mensagens, etc. Mas falar, mesmo, isto elas não fazem:[3]

 

 

 

 

As flores… Elas são tão especiais, que Deus fez um passarinho só para beijá-las. Não se admire se um dia um deles  invadir a porta da sua casa.[4]

 

 

 

 

[1] Scott McKenzie, “San Francisco” ( John Phillips), in Stained Glass Reflections 1960-1970, 2000.

[2] Leia em https://super.abril.com.br/historia/bem-me-quer-mal-me-quer/

[3] Paulinho da Viola, “As Rosas Não Falam” (Cartola), in Bebadachama Ao Vivo, Disco 1, 1997.

[4] Fagner, “Ai que Saudade D’Ocê” (Vital Farias), in Raimundo Fagner Ao Vivo, Disco 2, 2000.