NOVELÃO

NOVELÃO

30/05/2020 7 Por Marcelo Pantoja

Escrito em 25/05/2020.

 

Não, este texto não é sobre músicas que foram tema de novela. É sobre o que a molecada de hoje chama de sofrência, termo que prefiro não usar porque remete ao que se convencionou denominar Sertanejo Universitário – outra expressão infeliz porque aquelas músicas de péssimo gosto não têm nada de sertanejo nem de universitário.

 

Se vamos falar de dor de cotovelo é obrigatório recorrer ao mestre insuperável do tema, Lupicínio Rodrigues, e ao seu maior intérprete, Jamelão.

 

É com eles que iniciaremos nosso Novelão.

 

Fase Um – A Briga. Juras de ódio eterno, jamais te perdoarei. Vingança, Vingança, Vingança![1]

 

 

 

 

Fase Dois – Tô Nem Aí. Estou muito melhor sem você, só que não. By Chet Baker:[2]

 

 

 

 

Fase Três – O arrependimento. Me perdoa pelo amor de Deus![3]

 

 

 

 

Sim, eu sei que o autor é o John Lennon e que o YouTube tem um clipe muito legal dele cantando sua música.[4] Mas não resisti e coloquei o vídeo do Bryan Ferry (Roxy Music) com seu estilo canastrão, por duas razões: Primeiro, porque o blog é meu. Segundo, porque estamos em um novelão, lembra?

 

Dito isto, vamos ao capítulo final.

 

Fase Quatro – A Reconciliação.[5]

 

 

 

 

E viveram felizes para sempre…

 

Duas breves reflexões: 1) – Para curtir uma dor de cotovelo não é preciso ser deselegante nem assassinar a gramática. 2) – Que sorte a minha ser filho do meu pai e ter crescido ouvindo Lupicínio e companhia.

 

 

[1] Jamelão, “Nunca” e “Vingança” (Lupicínio Rodrigues) in Jamelão A Voz do Samba – Vol. 2, 2002.

[2] Chet Baker, “I Get Along Without You Very Well” (Hoagy Carmichael) in The Pacific Jazz Collection 1953 – 1957, Disc 1, 2016.

[3] Roxy Music, “Jealous Guy” (John Lennon) in More Than This – The Best of Bryan Ferry and Roxy Music, 1995.

[4] Veja em https://www.youtube.com/watch?v=gOb5dVGJAW8

[5] Angela Maria e Cauby Peixoto, “Brigas” (Evaldo Gouveia, Jair Amorim) in Angela Maria Estrela da Canção Popular – DVD, 2013.

P.S. Escrevi este texto há uma semana, e acabo de ver no noticiário que Evaldo Gouveia, autor da última música, faleceu hoje (30/05/2020)!