PRA QUÊ?
Escrito em 30/06/2019.
Um punhado de peixes no aquário de um restaurante chique, estão nadando e borbulhando e conversando até que um deles repara no prato que o garçom está servindo a um dos clientes. O peixe grita:
— Ei, vejam, o Howard está sendo comido!
O outro peixe:
— É ele? Isso faz a gente parar pra pensar, não é mesmo? Quero dizer, qual o sentido disso?
E um terceiro peixe:
— Isso me enlouquece.
Esta é a cena inicial do filme “O Sentido da Vida”, de 1983, do engraçadíssimo grupo humorístico britânico Monty Python.
O título do filme (que é o mesmo no original) vem da famosa pergunta que não cala. Explicar “qual o sentido da vida” é o ganha-pão de muita gente, é a razão de ser das religiões, da filosofia, e de um bando de charlatães.
De onde viemos? Pra onde vamos? Por quê? Pra quê?
Sinto muito, este blog não tem as respostas. Não tenho a mínima intenção ou curiosidade de descobrir o sentido da vida.
Perda de tempo! Não é preciso buscar solução para a vida. Ela não é uma equação, não tem que ser resolvida! A vida, portanto, meu caro, não tem solução.[1]
Este tema me vem de vez em quando à cabeça quando vejo alguém nervosinho, dando chilique, geralmente por bobagem. Aliás, chilique é sempre uma coisa ridícula e extremamente constrangedora para quem está por perto.
Problemas, todos temos, e ficamos preocupados, nervosos, etc. Mas se hoje você pensar naquela situação que te deixou bravo, digamos, no mês passado, provavelmente vai concluir que “não era pra tanto”.
Mesmo que o problema persista, não seja resolvido. Por mais séria que seja a questão, depois de algum tempo, pelo menos para mim, a sensação é sempre de que sofri mais do que era necessário.
Se a gente sabe que é assim, então, pra que se preocupar?[2]
Como dizia a propaganda do tônico capilar: Não passe ridículo. Por que ser o nervosinho do pedaço, contaminar o ambiente? Melhor, muito melhor, é ser feliz!
Ou pelo menos tentar… Será este o sentido da coisa?[3]
[1] Paulinho da Viola, “Solução de Vida” (Paulinho da Viola, Ferreira Gullar) in Bebadachama, disco 1, 1997.
[2] Dire Straits, “Why Worry?” (Mark Knopfler) in Brothers in Arms, 1985.
[3] Bobby McFerrin, “Don’t Worry, Be Happy” (Bobby McFerrin) in Simple Pleasures, 1988.
A vida é para ser vivida , e será de acordo com as nossas escolhas , nos é que damos a direção e a intensidade!
Oi Marcelo!
Que escolha bacana!
E a leveza no trato Com o assunto foi magistral! Lembro de uma entrevista com Osho na qual um sannyasin lhe perguntou “beloved, qual o sentido da Vida?”
E ele com aquela cara marita respondeu do alto de sua sabedoria: “Quem tem sentido é trem! Vida não tem sentido. É mistério a ser vivido.” Rsrsrsrs….. (Aliás a risada também é dele).
Como diria Vinicius “Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão… Sei lá, sei lá… eu só sei que ela está com a razão.”
Parece que o sentido da vida é não ter sentido e ao mesmo tempo fazer todo o sentido. Nós criamos e descriamos todos os sentidos sejam filosóficos, religiosos,psicológicos, etc, para enfim apenas vivermos.
O sentido da vida é viver!
E viver é hoje , agora, neste momento!
É experimentar, sentir, alegria, raiva, prazer, medo, dor , tristeza, insegurança, coragem, força, tranquilidade, calma, serenidade e muito mais…
É compreender ou não, que vivemos, cada qual a sua vida!
É pela minha vida que eu vou seguir❗️
Excelente crônica!!! Parabéns!!!
Músicas Perfeitas!!!
Eu me identifiquei com a do Dire Straits…
Por que será? 😉😊🥰
Papo Cabeça !!! Vamos Viver Intensamente e Não deixar que Ninguém Atrapalhe os Nossos Sonhos. Temos que procurar ser menos Ansiosos. Vamos Olhar para o Nosso Interior e Não para os Outros.
E fato!😃
“….Estar vivo e o sentido.”
Bj 😘