MUY LOCO
Escrito em 27/02/2021
Licurgo Orival Umbelino Cafiaspirino de Oliveira.
Sim, você conhece, só não está associando o nome à pessoa, mas vendo a foto logo vai identificar:
O Louco, do Mauricio de Sousa (na verdade idealizado pelo irmão dele, Marcio Araujo), é talvez o único personagem da Turma com nome e sobrenome. Surgiu na primeira edição da Revista do Cebolinha (até então só a Mônica tinha este privilégio), em 1973. Eu adoro o Louco.[1]
Também em 1973 foi lançado este disco histórico que, se você não sabe o nome, a capa com certeza você já viu:
E nele foi gravada esta música:[2]
Tem Música Pra Tudo, e o que não falta é música sobre loucos e loucura. Música para loucos, então…
A palavra pinel acabou virando sinônimo de louco, mas antes disto Philippe Pinel era uma pessoa real, um médico, que foi o primeiro a entender a loucura como “um simples desarranjo da razão” (e portanto algo curável), enquanto para o filósofo Hegel ela é uma “contradição na razão”.[3]
No nosso velho Aurelião, dentre várias definições, louco é alguém “que se porta de maneira pouco sensata, inconveniente; esquisito, excêntrico“, ou ainda “fora do comum; incomum, enorme, extraordinário“.[4]
Nestes sentidos, meus melhores amigos são induvidosamente loucos, e é justamente por essas características que eu amo tanto estes anormais (que não vou nomear aqui porque, além de loucos, eles são muito vaidosos).
São loucos, e são felizes:[5]
Não são apenas as pessoas que podem ser loucas; coisas, principalmente coisinhas, também:[6]
Amor e loucura, que não faltem jamais.[7]
[1] Veja em http://universohq.com/materias/louco-45-anos-de-maluquices-nos-quadrinhos/ .
[2] Pink Floyd, “Brain Damage” (Roger Waters) in The Dark Side of The Moon, 1973.
[3] Veja em https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/27835.
[4] Aurélio Buarque de Holanda Ferreira in “Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa”, 4ª. Edição, 2009, Ed. Positivo, p. 1230.
[5] Os Mutantes, “Balada do Louco” (Arnaldo Batista, Rita Lee) in Mutantes Ao Vivo – Barbican Theatre, Londres, 2006.
[6] Queen, “Crazy Little Thing Called Love” (Freddie Mercury) in Queen Greatest Hits – Special Edition, 1994.
[7] Dorival Caymmi, “Só Louco” (Dorival Caymmi) in Mestres da MPB – Dorival Caymmi, 1994.
Oi Marcelo, já que você falou em loucura, que hoje tem um significado até bem legal, muito diferente do sofrimento da doença mental. O louco é o diferente para a maioria das pessoas, é o diferente em nós. Para os que gostam da loucura sugiro a leitura: A história da loucura do Michel Foucout, bjo e obrigada pelas loucas canções
“De Médico e de Louco todos temos um pouco”.
Super Legal !!!
Linda escolha!
A Letra dos mutantes diz tudo. E lindo com a Zelia.
E nada mais apropriado para nos descrever e para nos salvar.
Porque só a loucura pode ser a entrada na sanidade quando a ordem geral é a normatividade do insano.
Só os loucos podem transgredir e trazer à tona a luz soterrada pela ditadura do “normal”, e alcançar o divino.
Para sentir esse louco escuto uma de minhas preferidas e vôo com a peruca de cotovia…
“Quereme así, piantao, piantao, piantao
Trepate a esta ternura de locos que hay en mí
Ponete esta peluca de alondras, ¡y volá!
¡Volá conmigo ya! ¡vení, volá, vení!”
https://www.youtube.com/watch?v=w0mKWBoRLpw
Namaste!
Hoje foi Mucho Loco! Rsrs
Bjsss
Pan, saudades!!!
Adorei a 1a definição de loucura: um simples desarranjo da razão….. velho Zuzu iria concordar plenamente !!
Beijo enorme a vc!
Extraordinário!!!!!!
Amei amei!!!!!!!!!!!!
Você é um poeta, sempre entrelaçando as suas palavras com as mais belas músicas e assim, produzindo textos sensacionais!!!
Parabéns meu louco amor❗️
Adoro Balada do Louco!!!!!!!!
Diz tudo… ❤️❤️❤️❤️❤️❤️
E o LOUCO do Mauricio! Gostei do nome dele!!